sábado, 1 de novembro de 2014

ACEITO E DEFENDO A CENSURA?



Raríssimas são as mentes críticas.
A maioria adota sempre e prontamente a opinião do outro sobre qualquer coisa,
sobre o racismo, o sistema de cotas, a Copa do Mundo...
e fazem dela imediatamente um princípio universal.
Ai de quem ouse discordar!
                                                                              (Denisson Salustiano)


ACEITO E DEFENDO A CENSURA?


O artigo de opinião “A máscara caiu” (ver AQUI) divulgado na última Quinta-feira, dia 30 de outubro, teve algumas, poucas, repercussões.

Relativamente aos que não concordaram com o artigo tenho dúvidas acerca dos motivos pelos quais o fizeram, pois o que estava em causa era (é) o procedimento censório e sectário dos donos do CampingCar.

Outros manifestaram o seu apoio de diversas formas, inclusive por mensagem electrónica e telefonema.

Não quero deixar de realçar que um dos apoiantes das ideias divulgadas em “A máscara caiu” fez questão de me dizer que não concordava com a política autocaravanista que eu preconizava e com as críticas à FPA, mas que defendia o meu direito de não ser censurado e ter liberdade de expressão. Regozijo-me com a atitude de defesa que esse companheiro autocaravanista faz de um importante direito  e tenho pena que não compreenda a política autocaravanista que preconizo.

Quero também dar a conhecer, neste caso porque é público, a posição que é assumida no “Fórum Livre Rolante”, através do artigo de opinião “Autocaravanismo em análise critica” (ver AQUI) onde, segundo se pode ler, está “De volta à ribalta para denunciar mais uma vez o que certas pessoas, certas instituições, certos clubes e até certas coisas pretendem  fazer a todos aqueles que ousam denunciar o que de facto se desenrola em torno de uma Autocaravana.

A todos os autocaravanistas que apoiaram o meu artigo de opinião “A máscara caiu” que é um manifesto contra a censura e o sectarismo, o meu reconhecimento, inclusive ao companheiro que não obstante não concordar com as minhas opiniões sobre autocaravanismo defende o meu direito de as divulgar. Estes procedimentos democráticos merecem destaque.

A censura é usada das mais diversas formas, com os mais diferentes pretextos e com objectivos que por vezes nos não apercebemos no imediato. Em Portugal, é consenso (?) que pelo menos desde o reinado de D. Fernando existe censura e, mesmo depois do 25 de abril (depois da Revolução dos Cravos) algumas alegadas manifestações de censura tiveram lugar, sendo a mais conhecida (?) a que originou o veto à candidatura do romance "O Evangelho Segundo Jesus Cristo", de José Saramago, ao Prémio Literário Europeu, com o pretexto (?) de que a obra desunia o povo português.

Pode-se argumentar da forma que se quiser, mas as questões de fundo que se colocam a todos os autocaravanistas e a todos (e a cada um) dos cidadãos são as seguintes:

  • Aceito e defendo a existência de censura?
  • Se aceitasse a existência de censura em quem delegaria os poderes censórios?



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